Para pensar naquelas coisas, palavras e gestos impulsivos, tão naturais eles parecem. São chamados de autênticos até. Gestos destemperados, gestos representativos da essência daquilo que chamamos natural. Pensar assim revela o quanto estamos pesos a uma natureza selvagem. Somos tentados a considerar menos graves tais gestos, por pior que sejam, do que aqueles malfeitos com … Continue lendo Caminhar calmo – objetivo de 2023
Aquilo ali
Todos temos nossa história triste, aquela das nossas perdas. De certa forma somos os restos, os remanescentes. Não é delas que vale falar. Não importa as perdas materiais, afetivas, mesmo que do fundamento do que passou cria o que se é. Todos podem se compadecer do amor perdido, dos pais mortos, da casa queimada, mas … Continue lendo Aquilo ali
Resenha ->Maus, Art Spiegelman
Existe uma infeliz ideia de que certas formas estão atreladas a certos conteúdos. Infeliz Aristóteles. Em nosso tempo ainda se associa filmes de animação e história em quadrinhos àquelas melhores das piores idades: a infância e a adolescência. Nada mais falso para quem dribla a repetição e conhece minimamente a história da história de quadrinhos, … Continue lendo Resenha ->Maus, Art Spiegelman
Sobre o respeito ou como é preciso ser duro para que haja carinho
O amor é uma necessidade e dá sentido, mas o amor só deve existir para o que deve ser amado, para o que precisa ser amado, para o que faça por merecer o amor. O que sobra para o resto é o respeito, mas o respeito precisa existir como parte de uma troca saudável. Sem … Continue lendo Sobre o respeito ou como é preciso ser duro para que haja carinho
Confissão número 3425
Existem palavras que não podem ser ditas, como também aquelas que sequer devem ser pensadas. Um nome é uma palavra, alguns nomes também devem ser vetados. São palavras que fazem dor, nomes que criam lágrimas, lembranças que não deveriam ser lembradas. E impossível voltar atrás, como também é impossível olhar para trás. Adiante só há … Continue lendo Confissão número 3425
Luis Gama e a ética do oprimido
https://www.youtube.com/watch?v=oWMIsr2Tckk Uma das frases mais famosas de Luis Gama diz que "um escravo que mata o seu senhor, seja em que circunstância for, sempre o faz em legítima defesa". Tal frase foi e ainda é considerada por muitos como imoral. Um dos motivos é tornar explícito o grande antagonismo da sua época: a relação dos … Continue lendo Luis Gama e a ética do oprimido
Sobre pseudociência
De maneira simples, pseudociências são áreas que se proclamam como ciências, mas não passam ou seguem o método científico. Suas teorias não são falseáveis, seus experimentos não são replicáveis, por exemplo. Pode-se dizer que a grande difusão da pseudociência é uma das graves consequências da falta de uma educação científica adequada. Onipresentes em programas populares … Continue lendo Sobre pseudociência
Pequenos pensamentos
Em algum momento torna-se mais comum dizer como a vida foi do que como ela será. É quando as recordações parecem mais presentes do que qualquer expectativa do futuro. O saudosismo passa a ser parte integrante do momento chamado agora. Gostaria que houvesse uma alegria genuína, que possa ser tocada. Que ela fosse tão contagiante … Continue lendo Pequenos pensamentos
Seguir em frente, ser diferente
É preciso mudar, urgentemente mudar. Faz muito tempo que escolhi um caminho, mas ele em sido feito de tropeços. Ele é ao mesmo tempo ético-moral e material revolucionário. Contra o consumismo, contra o capitalismo, contra a raiva, contra a mentira, pela verdade por mais cruel e dolorosa que seja, pelo amor que é represado até … Continue lendo Seguir em frente, ser diferente
O que torna algo “clássico”?
Quando olhamos uma lista feita de críticos geralmente existe consenso entre obras antigas que seriam clássicas. No âmbito da literatura, dificilmente alguém vai negar esse estatuto a uma Ilíada ou a Divina Comédia. São obras revolucionárias e extremamente influentes tanto a seu tempo quanto para a posteridade. Mas quando vamos para os séculos XIX, XX ou XXI tudo … Continue lendo O que torna algo “clássico”?